quarta-feira, 4 de abril de 2012

Governo desafia servidores: Toda força na paralisação nacional dia 25 de abril


02/04/2012

28/03: setores da base do Sindsep-DF no ato nacional

Na quinta reunião de negociação com o Fórum Nacional composto por 31 entidades, entre elas a CUT e a Condsef, dia 28/03, o governo simplesmente desdenhou da pauta da Campanha Salarial Unificada, reafirmando que a intenção é manter a política de correção das distorções salariais entre as carreiras, cujas negociações devem ocorrer ao longo do mês de abril. Segundo o secretário de Relações de Trabalho, Sérgio Mendonça, a proposta das entidades de correção linear na ordem de 22,08% é incompatível com a política do governo (ver a íntegra do relatório da Condsef).

A reunião foi acompanhada em tempo real por milhares de servidores que participaram pela manhã do ato nacional pelo atendimento das reivindicações. Isso levou o secretário a recuar minimamente na proposta de estender as negociações até 31 de agosto, antecipando o prazo para 31 de julho. Uma nova reunião foi agendada para o dia 24 de abril, véspera da paralisação nacional dos federais.

O presidente da CUT nacional, Artur Henrique, criticou a postura do governo ao falar no caminhão de som que não dá mais para aceitar que o governo faça um discurso para fora, criticando o arrocho que o FMI impõe aos países em crise que precisam de seus empréstimos, argumentando que isso só prejudica os trabalhadores, os aposentados e os mais necessitados, e internamente, fazer outro discurso. “Lá fora é uma coisa. Aqui o governo se recusa a dar um reajuste salarial aos servidores, em nome do controle fiscal, mas ninguém diz uma palavra sobre os mais de R$ 200 bilhões usados no pagamento dos juros da dívida, que beneficia os detentores da dívida pública, especialmente os especuladores,” disse Artur.

Brasília teve uma participação expressiva no ato, com centenas de servidores representando 24 setores. No entanto, para a direção do Sindsep-DF é preciso intensificar a mobilização dos servidores em todos os órgãos para potencializar uma maior adesão ao Dia Nacional de Luta (25/04). “Os servidores de Brasília, por estarem na sede do governo federal, precisam cobrar dos dirigentes do seu órgão envolvimento e empenho para a conquista das reivindicações. Não podemos permitir que tais dirigentes lavem as mãos das demandas dos servidores transferindo toda a responsabilidade para o secretário de Relações do Trabalho. A responsabilidade e do governo como um todo”, afirmou Oton Pereira Neves, secretário-geral do sindicato.


25/04 – Dia Nacional de Luta

Pelo atendimento das reivindicações dos servidores

Fonte: EG 439



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