sábado, 10 de abril de 2010

“Democracia” nos IFs

EDITORIAL

O governo insiste em afirmar que vivemos um momento de grande democracia na Rede Federal. Mas a realidade que experimentamos hoje não condiz com isso.
Durante as eleições para reitores e diretores nos campi vimos à insegurança do processo eleitoral. Em muitos lugares os votos foram deslocados para os pólos da UAB sem o devido acompanhamento da Comissão Eleitoral. Em alguns Institutos a apuração chegou a acontecer na reitoria, uma prática que pode ser considerada, no mínimo, perigosa.
Problemas surgem a cada instante devido ao autoritarismo de alguns reitores e o não acompanhamento do processo eleitoral pelo MEC.
É fundamental que toda a comunidade escolar dos Institutos não apenas votem, mas se envolva no processo como um todo. É preciso muito cuidado em como encaminhar o pleito, os votos dos alunos da UAB, por exemplo, deveriam ser apurados no próprio pólo, e com a presença de membros da comissão eleitoral legitimamente eleita pela comunidade e com fiscais de cada candidatura posta.
Outro grande problema que estamos enfrentando é a recusa do governo em aceitar que a representação dos servidores nos conselhos superiores, que é de dois membros, seja feita pelo SINASEFE.
Somos a entidade representativa dos servidores dos Institutos Federais e, como tal, devemos estar inseridos no processo administrativo como fiscais da sociedade e dos trabalhadores, que precisam ter voz ativa na administração em seu local de trabalho, como já acontece nos IF-CE, IF-Sudeste de Minas e IF-Sul-riograndense, que reconheceram a importância do Sindicato nestes anos de luta e a sua LEGÍTIMA participação neste Conselho deliberativo das Instituições.
O SINASEFE continuará fiscalizando e denunciando a prática antidemocrática que podem não só trazer grande prejuízo ao funcionalismo, mas principalmente para a sociedade.

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