sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Institutos Federais: olhar para o Brasil real

Dos brasileiros que estão na faixa de 18 a 24 anos e que entram no mercado de trabalho 63% não terminaram o ensino médio, segundo o IBGE.

No momento em que a expansão da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica – Institutos Federais, CEFETs, Colégios vinculados e Universidade Tecnológica – se consolida, os informes que nos chegam de todo o Brasil, por meio das Seções Sindicais, são de que as reitorias e direções destas autarquias estão completamente absorvidas pela dinâmica interna de implantação dos novos campi, onde a distribuição dos cargos (CDs e FGs) trás a marca de um olhar internista das atuais gestões que buscam consolidar o poder interno, em detrimento de um olhar sobre os desafios educacionais que devemos responder e a busca de compromissos dos novos gestores com esta realidade.
Como desafio educacional a ser enfrentado pelos atuais e futuros gestores, podemos citar os dados da reportagem divulgada na imprensa no último dia 10 de outubro, relativa à escolaridade dos jovens brasileiros que estão na faixa de 18 a 24 anos. Segundo a reportagem, que traz dados dos indicadores sociais do Brasil divulgados pelo IBGE, somente 37% dos jovens de 18 a 24 que estão no mercado de trabalho tinham concluído o Ensino Médio em 2008. Caso se mantenha o ritmo atual de crescimento do acesso, permanência e conclusão do Ensino Médio pelos jovens, somente daqui a 30 anos o Brasil atingirá o nível atual de escolaridade e acesso a este nível de ensino do Chile.
Os dados do IBGE revelam que, do total de jovens de 20 a 24 anos, 5% não realizam nenhuma atividade (800 mil) e 17% (2,7 milhões) apenas cuidam de afazeres domésticos. Ainda segundo a reportagem, considerando apenas os jovens com o ensino médio completo e que estão no mercado de trabalho, os que têm um curso técnico concluído têm um rendimento médio 37% maior do que aqueles que só possuem o ensino médio concluído.

Nenhum comentário:

Postar um comentário